03/02/2011

Biutiful




Biutiful estreiou nos cinemas como uma grande aposta. Não por prêmios ou estatuetas mas sim por mostrar o quão bom e interessante é o seu criador. Alejandro González Inárritu é um diretor primoroso. Sua pequena filmografia conta histórias densas no qual a perda/morte e a passagem são sempre colocadas em foco. Sua câmera não pára um segundo, não para mostrar ação mas para mostrar o desconforto da realidade que o diretor insiste em ver. Realidade essa, pessimista e quase sempre sem redenção. As múltiplas tramas e personagens que se encaixam,  como em seus dois primeiros e melhores filmes, Amores Brutos e 21 Gramas, dão lugar agora para uma narrativa mais linear e homogênea. A vontade de Inarritu em fazer filmes globais, como fez em Babel é mostrada aqui de maneira mais palpável. Mexicanos, Espanhóis, Chineses e Africanos convivem no submundo de Barcelona, em uma fotografia calcária e em locações deprimentes. Javier Bardem atua com propriedade e segura um personagem que facilmente caíria no exagero. Biutiful não é o melhor filme de Inárritu, é o mais bonito, e como beleza está no olhos de quem vê, é melhor assistir!

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