Como a maioria dos álbuns aguardados na indústria fonográfica "vazam" antes do lançamento oficial, o terceiro disco de Lady Gaga aconteceu o mesmo. Ouvindo as primeiras músicas, fiz questão de deixar as já conhecidas Judas e Born This Way por último, tentativa essa de ser mais imparcial possível, mesmo sabendo que alterar a ordem imposta pelo artista tira um pouco da atmosfera que o disco pretende quando se escuta por completo. O que se percebe logo de cara é que a forma caricata de Gaga cantar se perde um pouco, abrindo espaço para músicas sonoramente mais sérias mas não menos dançantes. O caldeirão de referências visuais que Gaga utiliza é expresso em cada música de Born This Way. Temos sim a idéia de termos ouvido muita coisa parecida, mas é aí que a cantora se mostra forte, na vontade de vomitar tudo que aprendeu, viu e ouviu. A pegada rocker, oitentista, e claro os anos 90 com elementos como o saxofone, mostram a miscelânea que essa cantora se tornou. Música pop é fácil fazer, a fórmula muitas vezes está pronta e Gaga poderia, como muitas outras, seguir a receita. O que de diferente ela faz é mudar os ingredientes e tornar o velho e conhecido estilo em algo mais subversivo. Pena ela ter usado Judas como música de trabalho e utilizado esse pôster de borracharia como capa do disco.
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