22/11/2011

Quando eu quero mais, eu vou pra Goiás!














Houve um tempo que Goiânia parecia uma cidade sem graça e desinteressante. Nenhuma novidade parecia acontecer e o peso de ser a cidade-mãe de muitos cantores do gênero sertanejo parecia um rótulo dificílimo de ser modificado. Verdade que muito ainda se reclama da cidade e sempre alguém solta aquela famosa frase, que parece inofensiva, mas é usada de modo pejorativo: "Isso é Goiânia!". Sem falar na síndrome de colonizado, que nós temos, achamos que o que é feito aqui não é bom. Mas nem só de pequi e moda de viola vive o nosso Goiás, não é mesmo?
A cada dia nos destacamos mais na arte, moda e música. Alguns eventos foram incluídos em nosso calendário, como o MOVA (Movimento de Ocupação Artística e Visual), iniciativa da Arte Plena com apoio da prefeitura de Goiânia, que mobilizou designers e artistas em várias ações como oficinas, exposições e desfiles durante várias semanas. Ainda no campo da arte, tivemos o Contendo Arte, iniciativa da Plus Galeria, que espalhou 3 containers pela cidade, recheados de obras feitas sobre e/ou com materiais reaproveitados. O público pôde ainda acompanhar a pintura dos containers e também participar de oficinas com temas diversos durante o mês em que ocorreu a ação.
No que diz respeito a música, sabemos que Goiânia, já é bastante conhecida na cena do rock alternativo, temos muitos festivais, sendo o Goiânia Noise o que mais se destaca, é um dos maiores festivais de rock independente do Brasil. Nem por isso, a cena deixa de se renovar e eventos como os feitos pela "A Construtora", onde o público paga o quanto desejava pelos shows, mostram claramente a vontade e a importância em incentivar a cultura em nossa cidade. As pessoas precisam ver a arte, em suas diferentes formas, de maneira mais próxima. Muitas de nossas bandas vem ganhando destaque nacional e internacional. Ta aí o Black Drawing Chalks que não deixa mentir, a banda teve seu segundo albúm "Life is a big holiday for us" eleito pela revista Rolling Stone como o sexto melhor de 2009, produzido no Brasil. A nossa querida Banda Uó, com sua música debochada, ar despretencioso e ritmo contagiante, a qual acompanhamos desde o início seu desenvolvimento, também nos enche de orgulho.  Acabaram de trazer para casa nada menos que um prêmio do VMB e estão em jornais, revistas e programas de televisão mostrando que sabem muito bem o que são e o que querem. No que tange a Moda, vemos estilistas como Adevânia Silveira, Marcos Queyroz, Lucas Silveira, Kleyson Bastos, Marcos Manzutti, entre tantos outros talentos, que se desdobram para levar seus objetivos adiante.  Acompanhamos de muito perto o trabalho da designer de acessórios Eleonora Hsiung, que a cada dia evolui mais em suas criações e já desenvolveu inclusive uma linha de sandálias para a Melissa. Mas a moda, hoje em dia, não vive só de produto e nesse sentido, nós do Plie trabalhamos para fomentar a importância de se trabalhar  conscientemente a imagem de moda. Nossa contribuição para ajudar a transformar o cenário está aqui no blog, em nossas palestras, workshops e no constante desafio de imprimir  personalidade em nosso trabalho. Conseguir sair do lugar comum e dar início a transformação de um cenário como Goiânia, não é tarefa fácil nem rápida. Romper com a cultura da fazenda e deixar a síndrome do colonizado de lado exige coragem, força de vontade e principalmente a crença que esta cidade pode melhorar em todos os sentidos. Goiânia é cidade jovem, em contínua expansão, um prato-cheio para quem quer inovar, empreender. Somos a "menina do olhos" de muitos investidores.
Precisamos encarar as deficiências e constatar as melhorias. É importante deixar o preconceito de lado, assim como as reclamações e começarmos a valorizar o que é feito aqui. Ter orgulho de onde vivemos, pode parecer um papo muito cafona, mas a verdade é que a força de transformação de uma cidade está em seus habitantes. Ou seja, não adianta apenas reclamar, isso é muito cômodo. Que tal olhar a cidade por um outro ângulo? Para finalizar,desejamos a todos que como nós, contribuem de alguma maneira para essa transformação, que continuem a ter paixão. Sem dúvidas este é o ingrediente fundamental para nos impulsionar a perseguir nossos objetivos e alcançá-los, mesmo enfrentando tantas adversidades.


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