Em nossa primeira visita a 29ºBienal de São Paulo, foi fácil perceber a diversidade de estilos e formas de arte presentes dentro de uma só exposição. Os três andares do Pavilhão da Bienal estão recheados de obras que interagem com o público, causam espanto, identificação, alegria, dúvida, encantamento entre outras inúmeras reações. De fato, uma visita só não basta para contemplar todas as obras expostas. Com o tema retirado do poema de Jorge de Lima, Invenção de Orfeu, "Há sempre um copo de mar para um homem navegar", a Bienal desse ano trata de unir arte e política. Tema este, bastante abordado na história da arte, e que nesse ano eleitoral se torna ainda mais pertinente.
O mais interessante é que de crianças a idosos, a Bienal consegue trazer variados pontos de vista para um assunto que muitas vezes parece ser massante. E é através da arte que ela se torna mais agradável e prazerosa. Com curadoria de Moacir dos Anjos e Agnaldo Farias, a 29ª Bienal de São Paulo tem como dever e desafio trazer de volta o interesse para uma das maiores e mais importantes bienais do mundo. Com mais de 160 artistas, esse ano, a exposição não conta mais com as salas especiais,de representações nacionais, característica forte da Bienal de SP, democratizando e globalizando ainda mais a arte. E em se tratando de política, isso é necessário.
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