22/08/2011

Zara e a escravidão





Na semana que se passou, muito foi falado e especulado a respeito da gigante do fast-fashion Zara. Tudo começou a partir de uma denúncia feita por um programa de televisão aberta no qual mostrava as condições precárias e subumanas de trabalho de pessoas que se esmeravam durante 16hrs recebendo centavos pelo seu trabalho em uma fábrica fornecedora da Zara. O grupo Inditex, ao qual a fast-fashion faz parte ,se posicionou dizendo que não tinha conhecimento de tal fato, mas informou que seu fornecedor faria todas as compensações aos "escravos".


Muita gente ficou chocada com tudo isso, outros tantos lideraram um "boicote" no twitter, mas casos como este não são uma novidade, a Nike por exemplo, até hoje é lembrada por utilizar mão-de-obra infantil em suas fábricas, sua concorrente Adidas passou por esta mesma acusação no ano passado e a GAP alguns anos antes. Ou seja, quantas outras marcas utilizam desse mesmo tipo de mão-de-obra para manter suas araras sempre cheias? A Zara, por exemplo, recebe peças novas toda semana e troca de coleção bem mais vezes que o normal. O que agente se pergunta é: alguém realmente deixou de comprar itens dessas marcas? Pois com a mesma velocidade que essas notícias se espalham e as pessoas ficam estarrecidas, logo acontece um "bafo" novo e tudo é esquecido.

Afinal de contas, quem resiste aquele vestido incrível a la "Prada", que é tendência e todas querem? E ainda por cima está com aquele precinho mega convidativo? A resposta é simples, pouquíssimas.
Por outro lado, não sejamos tão extremistas. Tudo é uma questão de consciência. Precisamos saber a procedência dos produtos que compramos e como consumidores podemos exigir isso. A Nike, quando sofreu estas acusações, chegou a publicar sua lista de fornecedores por exemplo. Comprar aquela bolsa "Luis Vitão" que é idêntica a original ou aquele relógio "Rolexis" da 25 de Março também é a mesma coisa, mas muita gente na ânsia de "parecer que tem" uma "it-bag" acaba nem pensando na procedência.


Bom, mas e agora? O que dona Zara fará para limpar a barra? Pois apesar de sabermos que suas vendas não cairão vertiginosamente (que pena!), essa gigante espanhola terá seu nome vinculado durante algum tempo a desonestidade. Sua imagem está afetada de maneira negativa e ninguém quer se vincular a isso.

3 comentários:

  1. Sabia desse 'dark side' da Nike, mas pô, mão de obra infantil?? Fiquei com mais raiva ainda da marca!

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  2. Eu não sou a favor de extremismo, sei que a maioria das marcas escorregam aqui e ali. Mas eu não tenho vontade mais de comprar Zara, sem falar que algumas roupas que comprei lá, não gostei do acabamento! Pelo menos EU não fui felizarda com roupas de lá... Eu prefiro comprar de quem eu conheço, de marcar goianas que eu conheço! Não serei hipócrita de dizer que eu não uso essa ou aquela marca, mas como vocês e algumas outras vertentes da mídia diz: ter consciência!!!! Divulgar, boicotar sim, que tal uns 2 meses sem Zara? Eles tem que sentir no bolso para tomar providências, se é que vão tomar!
    Bom, C'est la vie!!!!

    OBS: Ficar bonita, elegante e bem vestida, NUNCA foi sinônimo de usar grifes caras!!!!

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  3. Verdade! A maioria das marcas escorregam aqui ou ali, mas esperamos que haja uma punição para a Zara! E enquanto isso, nada mal boicotar e divulgar esse problema ! E que sirva para agente ficar atento e pesquisar a procedência do que compramos, né?

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